quinta-feira, 1 de abril de 2010

It's a shame

O ser humano me envergonha, principalmente, quando penso a respeito de mim mesma. Que raios de jornalista que não consegue nem ter a disciplina de postar com uma periodicidade decente no blog! Ó, céus...

Mas é isso aí, devo fazer parte dos "nãosouapessoaperfeita.com", pelo menos já estou apta a participar da Vineyard Capital, que, para quem não sabe, tem como apelo o seguinte slogan: Proibido pessoas perfeitas. Vindo de uma comunidade que pretende seguir os passos de Cristo eu diria que é algo bem razoável, não?

Well. well. Sobre o post anterior...

Em um mix de pensamentos entrecortados (desconexos talvez??) acerca da new generation universiotária e seu gosto apurado, cabe lembrar que o advérbio "só" faz toda a diferença na possível interpretação do texto. Mas como diria meu querido mestre na saudosa "Casper Líbero ô ô": "comunicação boa é comunicação direta, sem ruídos". It was my fault, sorry about that folks. O gênero do fluxo de pensamento ainda me encanta e ninguém é obrigado a acompanhar o passo ou compasso.

Eu não quero queimar a literatura e muito menos os livros de matemática - se bem que continuo achando inútil ter decorado logaritmo e preferia um sistema educacional que desenvolvesse as múltiplas inteligências preparando-nos para a vida - só não acredito que Só e apenas isso Somente, SIC, fará com que o mundo seja melhor. Quem dera fosse!

Óbvio, e digo óbvio porque isso deveria estar subentendido pra quem conhece um pouco do que penso, que a educação é uma ótima via de sair da marginalidade, entrar em contato com a história dos grandes, abrir a mente para o melhor da potencialidade humana, ó, isso e muito e mais. Mas se a equação fosse tão lógica assim, todos os que passaram pela experiência educacional seriam brilhantes seres iluminados aptos a e dispostos a investir na melhoria do contexto em que vivem. Mas sabemos muito bem que não é isso que acontece. Começando por mim! Céus, o que tenho feito com as ferramentas que têm sido postas à minha mão? Poizé, senhor Zé. Foi pensando nisso tudo, que resumidamente saiu o fluxo de pensamento passado.

Mudando a pauta. Eu vou sentir falta. Ah, eu vou.

Tempos de Dublin talvez estejam chegando ao fim e porque é que a gente tem a péssima tendência de apreciar mais as coisas quando sabemos que a areia da ampulheta está para cessar? Eca! MAs a verdade é essa.

Vou sentir falta:

...de cada tijolinho das construções georgianas.
... do azul incrível do céu em contraste com a grama perfeitamente verde e do vento frio.
...de ouvir conversas em cinco línguas diferentes em uma mesma avenida.
... de esperar o LUAS passar para atravessar a rua.
... de deixar o Liffey cortar metade do meu caminho todos os dias.
... do cheiro da caleifação e das fumaças nas ruas.
... de ouvir "Brilliant, Grant, gourgeous, no worries..."
... de ver as velhinhas fofas indo `as compras com seus carrinhos cafonas e práticos.
... das árvores secas. das floridas.
... da facilidade em ver e ter Tulipas!
... de apreciar a vista incrível do deck do bus.
... das propagandas ambulantes nos bus.
... do sol se pondo às 22h no verão.
... de tomar hot chocolate nos dias frios e sentir a mão voltar a existir.
... de trombar com gente de lugares que eu nem sabia que existia e pensar "No céu vai ser assim..."

Só posso agradecer a Deus por cada momento passado aqui. Das lutas com o péssimo sistema bancário à alegria do noivado no Liffey. E bora aproveitar cada grãozinho da areia restante!

Ps.: Que coisa eu resolver fazer o primeiro post do ano em 1 de abril. Não, não, isso tudo não é uma mentirinha. Rá.

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